"Tempus Fugit": Carpe Diem!

novembro 22, 2008

20.11.2008



Noite de Quinta,
.
Ah! Como as quartas me encantam.
.
Havia a tal taça com vinho
e a
fumaça pelos ares de sempre.
.
Ah! Como é bom vê-la, Srta.Lua média.
.
Passos sobre o silêncio, desçam-se os degraus da escada das
Palavras coloridas,
desunidas,
esbaforidas,
escondidas,
contidas
Palavras descosidas e,
um estrondoso quase Eu Te A...
.
Vamos lá, querem prendê-lo.
[Chamou a Serpente]
-Ué, porque?
[Perguntou Ajna]
Ele fumava um back com os de sempre, mas como é negro
e filho de imigrante, querem prendê-lo.
-Pois tá, mas qual é mesmo o contexto?
[Pergunta Ajna]
Ah, o contexto é o mesmo, o de sempre.
[E lá foi a Serpente e outros tantos]
.
O dono das palavras desferidas, calou-se e aguardou o retorno
dos cansados ouvidos e da cabeça dolorida.
[Ele acompanhou Ajna com o olhar]
.
Gritos,
Esporros,
Desordem,
Violência.
-Ei, faz também um cordão em volta dele.
- Não deixa não, qual é o crime?
[gritavam]
-Pô cara, ela estuda essas porras ai, ela sabe o que diz.
-Consumir??? Mas não é vender?
.
Eu volto logo. Segura as pontas, mas não se envolve.
[Serpente é emplumada, sempre se envolve,
mas Ajna é intuição, sempre pede isso para Serpente]
.
[Risos]
Fala de ponta não.Tá vendo no que dá acender?!
[Risos e Pausa]
.
O que houve?
[Pergunta Ele]
-Querem prendê-lo, por causa do back.
Ainda bem que pelas sátiras, ele foi salvo do flagrante.
[Alto pensou Ajna]
-Volto lá, depois continuamos.
-Não,vou junto.É meu amigo.
[Ele acompanha Ajna,porque acha que sempre precisa dela]
.
Mais gritos.
.
Não aguento mais, confusão sem sentido.
Em área Federal, eles não podem prender.
-Filma, filma, filma.
-Fotografa,fotografa,fotografa.
-Eles vão me repreender, violentos são.
[Ajna disse a Serpente, mas mesmo assim puxou a Fotográfica]
-É mesmo.
[Sem ouvir o obturador]
.
Levaram e todos foram junto.
Tá latente a cabeça dolorida.
Volta.
[Ajna e Ele que andam juntos quase sempre]
.
E a dor aumentava a cada degrau,
aumentava a cada pressão das doces confissões,
aumentava a cada constatação do entrelace,
a dor tilintava.
.
Era uma quinta, dia da Consciência Negra.
Era uma quinta, dia que pairou a desordem na cabeça dolorida de Ajna:
-O quê será que sentimos um[uns] pelo[s] outro[s]?
Era uma quinta, ao menos ganhamos algo:

"SAUDAÇÕES A QUEM TEM CORAGEM"!


Ego Rock: Janis Joplin
A Strange Education: The Cinematics

3 comentários:

eddy disse...

passei...

Anônimo disse...

derreteu sob o sol de Teresina???

Cris Andrade disse...

amiga, fiquei surpreendida com a forma como vc descreveu toda uma situação.

belas palavras, belo texto.

bjo
=*

"Boas Vibrações"

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